Brasília - Em uma reviravolta surpreendente, o escritório de advocacia do renomado advogado Cristiano Zanin decidiu deixar a defesa do ex-presidente Lula no Supremo Tribunal Federal (STF), após a aprovação de uma nova lei que permite que os réus se defendam sozinhos.
Em uma declaração à imprensa, Zanin explicou que a nova legislação tornou seu trabalho obsoleto. "Eu sempre acreditei que a justiça deveria ser acessível a todos, independentemente de sua condição financeira. Mas agora que qualquer pessoa pode se defender sozinha, não vejo mais sentido em continuar representando o presidente Lula", disse.
A notícia foi recebida com surpresa pelos apoiadores do ex-presidente, que consideravam Zanin uma peça-chave em sua defesa. "Eu não sei o que vai acontecer agora. Quem vai nos representar no STF? Eu não entendo nada de leis", lamentou um militante petista.
Para muitos observadores, a decisão de Zanin é um reflexo da crise econômica que assola o país. "Os escritórios de advocacia estão sofrendo muito com a recessão. Talvez Zanin tenha decidido abandonar a defesa de Lula porque não está mais ganhando dinheiro suficiente com isso", especulou um analista político.
Enquanto isso, o ex-presidente Lula ainda não se pronunciou sobre a saída de Zanin. Mas fontes próximas ao petista afirmam que ele está confiante em sua capacidade de se defender sozinho. "O presidente Lula é um homem muito inteligente e astuto. Ele não precisa de um advogado para lhe dizer o que fazer", afirmou um amigo do ex-presidente.
Com a saída de Zanin, a defesa de Lula no STF fica em aberto. Alguns nomes já foram cogitados, como o do ex-ministro da Justiça Tarso Genro e do advogado de defesa de Eduardo Cunha, mas ainda não há uma decisão final.
Enquanto isso, o ex-presidente Lula segue em sua luta para provar sua inocência e recuperar seus direitos políticos. "Eu sou inocente e vou provar isso. Não importa quem esteja me defendendo, eu vou lutar até o fim", declarou Lula em uma entrevista recente.