Em uma notícia que deixou os agricultores familiares e os economistas de cabelo em pé, o governo anunciou o novo Plano Safra da agricultura familiar, que terá um investimento de R$ 77,7 bilhões. Isso mesmo, bilhões! Parece que o governo está realmente preocupado em ajudar os pequenos agricultores... ou não.
A primeira pergunta que surge é: onde será que esse dinheiro todo vai parar? Será que finalmente teremos uma revolução na agricultura familiar brasileira? Será que finalmente poderemos ver nossos agricultores saindo da pobreza e se tornando grandes empresários agrícolas? A resposta curta é: provavelmente não.
É claro que é importante investir na agricultura familiar, afinal, são eles que produzem boa parte dos alimentos que chegam à nossa mesa. Mas será que esse plano realmente vai beneficiar os pequenos agricultores ou apenas encher os bolsos de grandes empresas do agronegócio?
Se olharmos mais de perto as medidas do plano, veremos que a maior parte do dinheiro será destinada a subsídios e créditos para os agricultores. Mas quem realmente vai se beneficiar disso? Aqueles que já têm acesso a crédito e subsídios, ou seja, os grandes produtores. Os pequenos agricultores, que são os mais necessitados, provavelmente serão deixados de lado mais uma vez.
E não podemos esquecer que, além do investimento no agronegócio, o governo também está cortando verbas de programas sociais importantes, como o Bolsa Família. Ou seja, enquanto os grandes produtores recebem bilhões de reais, as famílias mais pobres estão perdendo o pouco que tinham.
Outro ponto que chama a atenção é a falta de transparência nos critérios de distribuição desse dinheiro. Quem decide quem vai receber os subsídios e créditos? Será que é um processo justo e imparcial? Ou será que é mais um daqueles esquemas de favorecimento político?
Enfim, o Plano Safra da agricultura familiar pode até ter um valor impressionante, mas parece que ele está mais preocupado em agradar os grandes produtores do que em realmente ajudar os pequenos agricultores. É mais uma daquelas medidas que prometem muito, mas entregam pouco. E enquanto isso, a desigualdade no campo continua aumentando e os pequenos agricultores continuam lutando para sobreviver.
Talvez seja hora de repensar as prioridades do governo e investir de verdade na agricultura familiar. Afinal, não é justo que os grandes produtores fiquem com a maior parte do bolo enquanto os pequenos agricultores são deixados de lado. É hora de dar voz e oportunidades para aqueles que realmente precisam. Ou será que isso é pedir demais?