Em uma reviravolta surpreendente, 19 estados brasileiros decidiram manter escolas cívico-militares como resposta direta ao ex-presidente Lula. Parece que a mera menção do nome de Lula foi o suficiente para fazer com que os governadores corressem para implementar esse modelo de ensino, que mistura disciplina militar com patriotismo exagerado.
Aparentemente, os governadores acreditam que as escolas cívico-militares são a solução mágica para todos os problemas educacionais do país. Quem precisa de investimentos em infraestrutura, capacitação de professores e políticas públicas eficientes quando se pode simplesmente colocar um militar na porta da escola para intimidar os alunos?
Claro, essa é uma solução brilhante! Por que não transformar todas as escolas em quartéis? Afinal, nada estimula mais o aprendizado do que a presença constante de soldados uniformizados e o medo de punições severas por qualquer deslize.
Imagina só a cena: um aluno distraído olha para o lado durante a aula e é imediatamente repreendido por um sargento linha dura. Enquanto isso, o professor, que deveria estar ensinando, fica em segundo plano, apenas observando o espetáculo. Que maravilha de ambiente educacional, não é mesmo?
E não podemos esquecer do patriotismo exacerbado que essas escolas promovem. Nada como obrigar os alunos a cantar o hino nacional todas as manhãs e hastearem a bandeira com fervor. Afinal, todos sabemos que patriotismo é diretamente proporcional ao conhecimento adquirido.
Mas não podemos deixar de mencionar o papel dos militares nessas escolas. Afinal, eles são especialistas em educação, certo? Claro que não! Mas quem precisa de formação pedagógica quando se tem uma farda?
Essa decisão dos governadores é simplesmente brilhante. Com certeza, em pouco tempo, veremos os resultados positivos dessa medida. Os alunos serão tão disciplinados que não ousarão questionar nada, apenas seguirão as ordens sem pestanejar. E, é claro, todos se tornarão cidadãos exemplares, prontos para servir ao país.
Enquanto isso, os problemas reais da educação brasileira continuarão sendo ignorados. Mas quem se importa com a qualidade do ensino, não é mesmo? Desde que tenhamos escolas cívico-militares para aplacar nosso medo do desconhecido, está tudo bem.